A Economia brasileira vem perdendo o ritmo ano após ano, em função da crise externa e também de problemas internos.
A União Européia só corta gastos, investimentos e salários e afunda o barco cada vez mais. Do outro lado do mundo a China perde força em função também da crise européia. Os Estados Unidos estão remando aos poucos para tentar reerguer a economia novamente, tudo isto, respinga no Brasil, querendo ou não.
Quanto aos problemas internos temos dois fortes fatores:
1- Endividamento do brasileiro.
Nos últimos anos o grande "boom" de consumo não foi só pelo ganhos reais de renda acima da inflação, mas também pelo crédito fácil. Os cartões de crédito passaram a dar limites 3, 4 vezes o valor da renda mensal da pessoa, além de crediários facilitados, empréstimos em tudo quanto é esquina a juros altos, além do maldito crédito consignado, este pelo menos, com juros limitados a 2,5% ao mês.
Temos também o "boom" do mercado imobiliário, que faz os preços dos imóveis subirem 3x a mais que a inflação ano ano, maiores os valores dos imóveis, maior o valor da parcela de financiamento.
2 - Gastos demasiados do governo federal.
Trabalho no setor público e vejo com meus próprios olhos quanto dinheiro desperdiçado. Poderia ser feito um corte tranquilamente de 30% na receita de todos os órgãos públicos e ministérios e o custeio não seria prejudicado, pois existe muita gordura sobrando. Temos também os gastos absurdos com o Bolsa Família, da ordem de R$ 29 bilhões.
Gastos excessivos do governo, sobretudo em custeio, elevam a inflação.
O problema é voltar ao passado com inflação em alta e crescimento em baixa. Não quero ver esse filme novamente!
Se continuarmos neste ritmo de gastos desnecessários, seremos no futuro, a Europa de hoje.
Não estou dizendo que sou a favor da austeridade absurda que estão fazendo por lá, que ao invés de salvar os países, está afundando-os ainda mais. Pois todo corte de gastos tem limite, se é cortado muito mais do que deveria, a economia do país afunda levando junto o setor privado. Estão cortando saúde, educação, aposentadorias e salários, isto é tiro no pé e com calibre .50. Ter no máximo 3% do PIB de dívida, é algo impraticável, vão matar o povo de fome para tentar chegar neste percentual.
Ao invés de gastarem R$ 29 bilhões com bolsa família, poderiam usar isto para asfaltar todas as rodovias de terra que existem neste país, duplicar trechos que precisam ser duplicados, construir novos hospitais, pois atualmente só se fecha hospital e nada se constrói, investir em infra-estrutura! Isto sim gera emprego e renda ao trabalhador e não miséria social.
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