Ao ver o Globo Repórter de ontem, dia 25 de Julho, sobre a Holanda, pude fazer algumas comparações rápidas entre lá e cá.
Um país abaixo do nível do mar, soube como ninguém resolver os problemas das inundações com tecnologia, engenharia e criatividade.
Um grande e alto dique com 32 km de comprimento, bases extremamente sólidas de pedra aterrando zonas costeiras e o próprio mar. Por cima do dique, uma grande autopista e mais ciclovias, como é comum por toda a Holanda. Levaram apenas 5 anos para construí-lo. Quanto tempo levaria no Brasil? Vou enumerar alguns problemas que apareceriam por aqui e fariam o tempo de construção ser de 15 ou 20 anos.
1 - No trajeto do dique, mesmo em áreas que alagam seguidamente, foi encontrado alguns índios (2 famílias) que invadiram um pedaço de terra e por alí ficaram, com isso a Funai paralisa as obras até que uma Aldeia ou Vila seja construída para abrigá-los e em outra área que ainda estão procurando e que depois de achar terão que ser construídas casas de alvenaria (e não as casas que eles estão acostumados a morar e constroem por si próprios). Se já estão invadindo a área de terra, por que não alocá-los na mesma área mas recuando-os da área do dique? Agora ficarão livres das inundações.
2 - Como a obra será feita divida em vários trechos, para cada empreiteira que contribui financeiramente com o partido do governo, cada uma fica com um trecho da obra. Mas em algum instante o TCU vai considerar como obra superfaturada. A empreiteira dirá que é porque usa equipamentos mais modernos para a construção, tornando-a mais rápida a obra, mas o TCU não aceita tais equipamentos e suspendem a obra até que a situação se desenrole, o que pode levar mais de um ano.
3 - Em outro trecho, foi descoberto que fizeram licitação apenas com o projeto básico e não com o projeto executivo, que é mais detalhado, dai várias obras não constam e quando veem a necessidade de fazer o orçamento duplica.
4 - O IBAMA levou pelo menos 2 anos para aprovar os estudos de impacto ambiental provisórios de alguns trechos, o que na Holanda existe igual, mas levam apenas 30 dias para a aprovação. Alguns trechos ainda nem foram analisados e nestes as obras ainda não começarão.
5 - Nesse meio tempo a construção do dique que era do PAC1, passou pro PAC2 e depois pro PAC3, depois já nem falam mais pois nem sabem quando acabará.
6 - A rodovia prevista para passar por cima do dique não foi colocada no projeto da construção do dique, várias coisas teriam que ser alteradas, os estudos de impacto ambientais mudariam por completo, não há previsão alguma para a construção da rodovia.
7 - poderia enumerar mais e mais burocracias e empecilhos...
Anualmente vejo cidades serem inundadas por rios e nenhuma obra é pensada no sentido de se evitar as inundações.
Onde resido, em São Borja, fronteira oeste/missões do RS, todo ano o Rio Uruguai tem uma cheia, neste ano a mesma foi a 2a maior da história da cidade, só comparada com a de 1983. A forma como o Rio Uruguai inunda a parte ribeirinha é facilmente resolvida com um dique ao longo de toda a extensão do rio com a parte urbana da cidade. Um dique de cerca de no máximo 2 km resolveria o problema para o resto da vida. Rio Uruguai não tem ondas altas como o mar que banha boa parte da Holanda. O leito do rio não precisaria nem ser aterrado, os aterros seriam em terra mesmo. E por cima do dique poderia haver uma grande avenida ligando a ponte internacional, ligação com a Argentina, e a cidade. Junto dela restaurantes, marinas, bares e áreas de lazer, que nunca mais seriam inundadas pelo rio.
Quantas outras cidades não poderiam fazer a mesma coisa? Jaraguá do Sul, Rio do Sul, , São Sebastião do Caí, etc.
Tal assunto passa longe do pensamento dos governantes, que preferem depois das enchentes irem pedir dinheiro para o governo federal por causa dos problemas causados pela inundação, do que pensarem em obras que evitarão transtornos para a população pelo resto da vida.
Blog do EconomistaRS
Economia, política e atualidades.
sábado, 26 de julho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
O problema da falta de moradia no Brasil
A falta de moradia nos grandes centros urbanos tem se agravado nos últimos anos. Mesmo com os esforços do governo federal no programa Minha Casa Minha Vida, para as principais capitais do país o programa não serviu para nada. Qual o motivo? O custo dos terrenos nos grandes centros urbanos é alto demais, praticamente nenhum imóvel em São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, etc, conseguem se enquadrar nos valores limites para que os compradores tenham o benefício do Minha Casa Minha Vida. Qual família de baixa renda tem condições de comprar imóveis na faixa dos R$ 120, 140 mil? Isto por legítimas caixas de fósforo e ainda em áreas de periferia longe dos locais de trabalho.
O Programa deu certo no interior do país e em capitais pequenas, como Rio Branco, no Acre e Maceió, em Alagoas. Agora numa cidade como São Paulo, onde raras são as áreas disponíveis para novas construções e as que se encontra custam valores altíssimo, o programa é inviável e não funciona. O resultado é a criação de movimentos como o MTST (Sem Teto). Todavia, o que se nota no MTST é que querem moradia popular em áreas nobres e isto nunca conseguirão, reclamam que em áreas da periferias precisam andar por horas para ir trabalhar. São Paulo está saturada, a quantidade de emprego disponível no interior de SP é algo concreto e por que estas pessoas não procuram trabalho nestas cidades menores onde a questão da moradia sempre será melhor, com locações mais baratas, os programas habitacionais do governo funcionando e melhor qualidade de vida?
Temos a questão dos prédios abandonados no centro de São Paulo, invadem e querem que vire moradia popular, porém, são prédios altos, com 10, 15 andares, mesmo com uma reforma completa, estes prédios não podem ter elevadores, pois eles possuem custo alto de manutenção. Como fazer uma família com renda de 1 salário mínimo por mês pagar R$ 200,00 de condomínio? Isto é inviável. O mais viável ainda é desmanchar favelas existentes e construir nas próprias áreas as moradias populares, a exemplo do que fez a prefeitura de Porto Alegre.
Com o "boom" imobiliário dos últimos anos, a situação para as famílias de baixa renda ficou ainda pior, estão pagando caro por aluguel de casas na favelas! Um dos programas que mais deu certo e que foram abandonados no final da década de 80 foram as COHABS (Cooperativas Habitacionais). Bairros inteiros surgiram para as comunidades de baixa renda e estão lá até hoje. O sistema de cooperativa dá certo, além dos próprios cooperadores fiscalizarem as obras, reclamações frequentes das moradias populares construídas atualmente, onde a fiscalização cabe ao governo mas nunca é feita, mal o morador toma posse e são inúmeros os problemas de acabamento e até fundações.
Não é uma questão fácil de se resolver! Mas o sistema de cooperação é uma alternativa para o país, sistema abandonado atualmente, mas que sempre funcionou no passado. Infelizmente não em todo o país, pois a questão de ser cooperativo é algo cultural e não algo corriqueiro no Brasil.
O Programa deu certo no interior do país e em capitais pequenas, como Rio Branco, no Acre e Maceió, em Alagoas. Agora numa cidade como São Paulo, onde raras são as áreas disponíveis para novas construções e as que se encontra custam valores altíssimo, o programa é inviável e não funciona. O resultado é a criação de movimentos como o MTST (Sem Teto). Todavia, o que se nota no MTST é que querem moradia popular em áreas nobres e isto nunca conseguirão, reclamam que em áreas da periferias precisam andar por horas para ir trabalhar. São Paulo está saturada, a quantidade de emprego disponível no interior de SP é algo concreto e por que estas pessoas não procuram trabalho nestas cidades menores onde a questão da moradia sempre será melhor, com locações mais baratas, os programas habitacionais do governo funcionando e melhor qualidade de vida?
Temos a questão dos prédios abandonados no centro de São Paulo, invadem e querem que vire moradia popular, porém, são prédios altos, com 10, 15 andares, mesmo com uma reforma completa, estes prédios não podem ter elevadores, pois eles possuem custo alto de manutenção. Como fazer uma família com renda de 1 salário mínimo por mês pagar R$ 200,00 de condomínio? Isto é inviável. O mais viável ainda é desmanchar favelas existentes e construir nas próprias áreas as moradias populares, a exemplo do que fez a prefeitura de Porto Alegre.
Com o "boom" imobiliário dos últimos anos, a situação para as famílias de baixa renda ficou ainda pior, estão pagando caro por aluguel de casas na favelas! Um dos programas que mais deu certo e que foram abandonados no final da década de 80 foram as COHABS (Cooperativas Habitacionais). Bairros inteiros surgiram para as comunidades de baixa renda e estão lá até hoje. O sistema de cooperativa dá certo, além dos próprios cooperadores fiscalizarem as obras, reclamações frequentes das moradias populares construídas atualmente, onde a fiscalização cabe ao governo mas nunca é feita, mal o morador toma posse e são inúmeros os problemas de acabamento e até fundações.
Não é uma questão fácil de se resolver! Mas o sistema de cooperação é uma alternativa para o país, sistema abandonado atualmente, mas que sempre funcionou no passado. Infelizmente não em todo o país, pois a questão de ser cooperativo é algo cultural e não algo corriqueiro no Brasil.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
A incoerência da Cesta Básica Nacional e a verdadeira inflação
Você sabia que os alimentos que
compõem a cesta básica foram estipulados em decreto presidencial de 1938? Sim,
foi pelo Decreto 399 de 1938.
Abaixo, a Cesta Básica para Porto
Alegre. Ela é igual nos estados da região Sul, mas diferente na região Sudeste,
diferente da região Nordeste, etc. Isto é, em cada região do país variam-se a
quantidade dos alimentos e também o tipo de alimento. Por isso, discordo que
seja feito um ranking nacional da mais barata a mais cara, pois não podemos
comparar Cestas de alimentos com quantidades e produtos diferentes. Por exemplo,
na região norte entra apenas R$ 4,5Kg de carne, mas o tomate sobe para 12 kg!
A Cesta básica é a ração
necessária para uma pessoa sobreviver no mês na parte de alimentação. Eu
gostaria de saber qual pessoa que come sozinha num mês 12 kg de tomate! A cesta
do sul que já tem 9 kg de tomate é um absurdo. Outra, atualmente pobre não
passa mais manteiga no pão, mas sim margarina, que custa 1/5 do preço da
manteiga.
Está na hora de atualizarmos a
cesta básica, pois mudou em muito o padrão de consumo de qualquer cidadão.
Noticiários de todo o país deram
mostraram que a Cesta Básica teve uma queda de 7,5%, ora, a única coisa que
caiu de preço é um produto sazonal como o Tomate, como que isso fizesse extrema
diferença nos gastos do trabalhador. Na minha casa, por exemplo, mal compramos
tomate! Se for meio quilo no mês, é muito.
Casei-me em Agosto de 2008, naquele mês se parei R$ 400,00 para os gastos de supermercado do mês, deu tranquilo. Lembro-me que até o final do ano, pouca coisa variou. Hoje separo mais de R$ 1 mil e sempre acaba passando o valor. Ora, a inflação pelo INPC acumulada de Agosto de 2008 a Julho de 2013 foi de apenas 30,98%, então pela lógica meu gasto deveria estar em R$ 523,98.
A verdade é que a inflação dos alimentos é um, dos demais produtos é outro. São tantos os produtos e serviços que são usados para o cálculo da inflação, que o aumento real dos alimentos acaba sendo diluído no índice geral. Outro ponto é peso dos alimentos na renda do trabalhador, que considero subestimado pelos órgãos de pesquisa.
Para verem que o que falo é verdade, compare quanto você pagava para almoçar fora em 2008, o valor do Kilo do Buffet e quanto paga agora. Lembro-me que em 2008 pagava em torno de R$ 19,90 e hoje no mesmo restaurante o valor está em R$ 36,00. Eis a inflação real!
Produto
|
Quantidade
|
Preço
|
Carne
|
6,6kg
|
R$ 110,88
|
Leite
|
7,5 L
|
R$ 17,48
|
Feijão
|
4,5kg
|
R$ 21,15
|
Arroz
|
3kg
|
R$ 6,66
|
Farinha
|
1,5Kg
|
R$ 3,11
|
Batata
|
6Kg
|
R$ 21,66
|
Tomate
|
9Kg
|
R$ 28,53
|
Pão
|
6kg
|
R$ 39,12
|
Café
|
600g
|
R$ 8,05
|
Banana
|
7,5dz
|
R$ 26,25
|
Açúcar
|
3kg
|
R$ 5,10
|
Óleo
|
1080ml
|
3,23
|
Manteiga
|
750g
|
R$ 14,69
|
|
Total
|
R$ 305,91
|
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Brasil, o país do passe livre e dos anarquistas.
A sistemática é simples, quando um não paga ou paga metade, alguém terá de pagar por ele. Ao longo dos últimos anos no Brasil, criou-se inúmeros benefícios assistenciais para tudo quanto é setor social ou minoria social.
Por que os estudantes pagam apenas meia entrada no cinema? Ah, porque estudante tem que ter acesso a cultura, estudante não tem dinheiro, etc. Esta afirmação é uma completa balela, pois é sabido que os estudantes brasileiros de ensino médio e universitários, gastam muito, mas muito mesmo em bebida alcoólica e em casas noturnas, além do celular mais caro e último tipo de pelo menos R$ 500,00, ou tênis de R$ 300,00, calça Jeans de R$ 200,00 e por aí vai, isso mesmo nos bairros das classes D e E. Em qualquer festa o mínimo que irão gastar é de R$ 30,00 para cima, Mas pagar R$ 0,10 centavos a mais na passagem de ônibus é absurdo total para eles. Não era por R$ 0,20? Vinte centavos é para o trabalhador informal, o autônomo, que tem que pagar a tarifa integral, para o estudante o impacto seria de R$ 0,10 apenas.
Temos no Brasil o famigerado Bolsa Família, que prolifera a miséria social, motivando as famílias já miseráveis a terem cada vez mais filhos, acham que com a esmola recebida, quanto mais filhos melhor, pois maior será a esmola paga pelo governo.
O governo Tarso Genro do RS veio com a proposta do passe livre estudantil no transporte intermunicipal das regiões metropolitanas. Ora, quem vai pagar a conta? Toda a sociedade. Já veio ao mesmo tempo dizendo que terá que aumentar impostos para cobrir o tal passe livre. Motivo óbvio.
A juventude atual quer tudo de mão beijada, querem tudo sem o mínimo esforço, e principalmente querem tudo sem ter que trabalhar para isso. Estamos criando uma geração de vadios e vagabundos, geração de comunistas e anarquistas que querem socializar o dinheiro dos outros sem ter que trabalhar. Vendo muitos invadirem Câmara de Vereadores da cidade de Porto Alegre, ficarem lá por dias acampados, fiquei me perguntando, esse povo não estuda?? Não trabalha? Ora, são estudantes mas estão matando aula, pois os cursos que fazem só criam comunistas e anarquistas, com pensamento de dependência total dos governos para tudo e sem trabalho. Relatório divulgado recentemente mostra que quase a maioria dos estudantes que fizeram a invasão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre são do curso de Ciências Sociais da UFRGS. Estamos formando baderneiros e anarquistas com dinheiro público. Um absurdo.
Os protestos atuais me fizeram lembrar do movimento "Ocupe Wall Street" em Nova York. Ficaram meses lá acampados contra os investidores do mercado financeiro e contra os bancos, de nada serviu e o movimento morreu à míngua. Uma centena de vadios numa sociedade onde o lema sempre foi o liberalismo econômico e a livre relação de trabalho, que proporciona para quem quer trabalhar, prosperidade, sociedade esta, que até hoje desperta o pensamento dos latinos para irem morar e trabalhar e fazem de tudo para entrar ilegalmente nos EUA.
Se fosse tão ruim o liberalismo econômico, por que existem milhões e milhões de latinos que imigraram para lá? Saíram de seus países economicamente fechados e subdesenvolvidos, países que sempre tiveram o lema esquerdista de "Che Guevara" para uma sociedade de ideologia oposta, contra-censo. não?
Quando ouço de projetos no Congresso para dar passe livre para estudantes e desempregados em ônibus interestaduais, chego a rir, pois é completo absurdo, se eles não pagarem, alguém irá pagar por eles. E outra, como a economia informal grande que temos, se declarar desempregado é coisa mais fácil do mundo. Última assinatura na carteira há mais de 10 anos, e de lá para cá viveu apenas do ar e se diz desempregado.
Sinceramente, não vejo futuro promissor para o país com a juventude atual.
Enquanto os chineses estão maciçamente estudando engenharias, novas tecnologias, criando seus próprios trens-balas e falando inglês, a juventude brasileira quer é passe livre aqui, não pagar ali e ganhar tudo de graça sem trabalhar, sem se preparar para a realidade do mundo no mercado de trabalho, onde vence o mais qualificado.
Vamos continuar no futuro a importar tudo da China, pois enquanto nossos estudantes estão protestando por porcarias e fazendo arruaça, os deles estão dentro da sala de aula estudando e se preparando para o mercado de trabalho com alta capacitação.
Por fim, vi uma reportagem sobre duas principais universidades inglesas, Cambridge e Oxford, 80% de seus estudantes são de outros países e a maiorias destes, de países asiáticos, adquirem alto conhecimento e voltam para seus países extremamente capacitados. E mais, já chegam lá para estudar com nível educacional bem alto.
Bom, por aqui nem reconhecemos um curso de graduação feito nas melhores do mundo, o estudante ainda teria que REVALIDAR o diploma, afinal, nosso ensino é de primeiro mundo!!
Por que os estudantes pagam apenas meia entrada no cinema? Ah, porque estudante tem que ter acesso a cultura, estudante não tem dinheiro, etc. Esta afirmação é uma completa balela, pois é sabido que os estudantes brasileiros de ensino médio e universitários, gastam muito, mas muito mesmo em bebida alcoólica e em casas noturnas, além do celular mais caro e último tipo de pelo menos R$ 500,00, ou tênis de R$ 300,00, calça Jeans de R$ 200,00 e por aí vai, isso mesmo nos bairros das classes D e E. Em qualquer festa o mínimo que irão gastar é de R$ 30,00 para cima, Mas pagar R$ 0,10 centavos a mais na passagem de ônibus é absurdo total para eles. Não era por R$ 0,20? Vinte centavos é para o trabalhador informal, o autônomo, que tem que pagar a tarifa integral, para o estudante o impacto seria de R$ 0,10 apenas.
Temos no Brasil o famigerado Bolsa Família, que prolifera a miséria social, motivando as famílias já miseráveis a terem cada vez mais filhos, acham que com a esmola recebida, quanto mais filhos melhor, pois maior será a esmola paga pelo governo.
O governo Tarso Genro do RS veio com a proposta do passe livre estudantil no transporte intermunicipal das regiões metropolitanas. Ora, quem vai pagar a conta? Toda a sociedade. Já veio ao mesmo tempo dizendo que terá que aumentar impostos para cobrir o tal passe livre. Motivo óbvio.
A juventude atual quer tudo de mão beijada, querem tudo sem o mínimo esforço, e principalmente querem tudo sem ter que trabalhar para isso. Estamos criando uma geração de vadios e vagabundos, geração de comunistas e anarquistas que querem socializar o dinheiro dos outros sem ter que trabalhar. Vendo muitos invadirem Câmara de Vereadores da cidade de Porto Alegre, ficarem lá por dias acampados, fiquei me perguntando, esse povo não estuda?? Não trabalha? Ora, são estudantes mas estão matando aula, pois os cursos que fazem só criam comunistas e anarquistas, com pensamento de dependência total dos governos para tudo e sem trabalho. Relatório divulgado recentemente mostra que quase a maioria dos estudantes que fizeram a invasão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre são do curso de Ciências Sociais da UFRGS. Estamos formando baderneiros e anarquistas com dinheiro público. Um absurdo.
Os protestos atuais me fizeram lembrar do movimento "Ocupe Wall Street" em Nova York. Ficaram meses lá acampados contra os investidores do mercado financeiro e contra os bancos, de nada serviu e o movimento morreu à míngua. Uma centena de vadios numa sociedade onde o lema sempre foi o liberalismo econômico e a livre relação de trabalho, que proporciona para quem quer trabalhar, prosperidade, sociedade esta, que até hoje desperta o pensamento dos latinos para irem morar e trabalhar e fazem de tudo para entrar ilegalmente nos EUA.
Se fosse tão ruim o liberalismo econômico, por que existem milhões e milhões de latinos que imigraram para lá? Saíram de seus países economicamente fechados e subdesenvolvidos, países que sempre tiveram o lema esquerdista de "Che Guevara" para uma sociedade de ideologia oposta, contra-censo. não?
Quando ouço de projetos no Congresso para dar passe livre para estudantes e desempregados em ônibus interestaduais, chego a rir, pois é completo absurdo, se eles não pagarem, alguém irá pagar por eles. E outra, como a economia informal grande que temos, se declarar desempregado é coisa mais fácil do mundo. Última assinatura na carteira há mais de 10 anos, e de lá para cá viveu apenas do ar e se diz desempregado.
Sinceramente, não vejo futuro promissor para o país com a juventude atual.
Enquanto os chineses estão maciçamente estudando engenharias, novas tecnologias, criando seus próprios trens-balas e falando inglês, a juventude brasileira quer é passe livre aqui, não pagar ali e ganhar tudo de graça sem trabalhar, sem se preparar para a realidade do mundo no mercado de trabalho, onde vence o mais qualificado.
Vamos continuar no futuro a importar tudo da China, pois enquanto nossos estudantes estão protestando por porcarias e fazendo arruaça, os deles estão dentro da sala de aula estudando e se preparando para o mercado de trabalho com alta capacitação.
Por fim, vi uma reportagem sobre duas principais universidades inglesas, Cambridge e Oxford, 80% de seus estudantes são de outros países e a maiorias destes, de países asiáticos, adquirem alto conhecimento e voltam para seus países extremamente capacitados. E mais, já chegam lá para estudar com nível educacional bem alto.
Bom, por aqui nem reconhecemos um curso de graduação feito nas melhores do mundo, o estudante ainda teria que REVALIDAR o diploma, afinal, nosso ensino é de primeiro mundo!!
sexta-feira, 12 de julho de 2013
O perigo da Estag-inflação - Parte 2
Há alguns meses atrás escrevi um artigo aqui no Blog sobre o perigo da estag-inflação, isto é, estagnação econômica com inflação. Hoje venho escrever novamente pois ela tem se confirmado.
O Banco Central elevou mais uma vez a taxa básica de juros em mais 0,5% ao ano, para 8,5% ao ano. O terceiro aumento consecutivo para conter a inflação, num momento em que a economia como a estagnar, com baixo crescimento.
O mês de maio teve retração de 1,4% no PIB em relação à Abril. Isto é péssimo. Certamente no mês que vem teremos o anúncio relativo à Junho, onde a retração será maior, em virtude dos protestos que tomaram conta do país e fizeram o comércio parar por muitos dias seguidos. Tudo isso tem impacto direto na economia.
A desconfiança das agência de risco internacionais quanto à contabilidade pública brasileira, fez o país ter fuga de capitais e o dólar subir mais de 10% em apenas um mês. Maquiagens estão sendo feitas para enganar os analistas, como por exemplo, colocar na contabilidade deste ano lucros de estatais que serão distribuídos somente no ano que vem ou antecipação em mais de 1 ano de royalties. Estão computando o dinheiro sem ele existir, isto é maquiagem contábil, gera quebra de confiabilidade na política econômica brasileira.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que consegue ter inflação alta com crescimento pífio.
O Banco Central elevou mais uma vez a taxa básica de juros em mais 0,5% ao ano, para 8,5% ao ano. O terceiro aumento consecutivo para conter a inflação, num momento em que a economia como a estagnar, com baixo crescimento.
O mês de maio teve retração de 1,4% no PIB em relação à Abril. Isto é péssimo. Certamente no mês que vem teremos o anúncio relativo à Junho, onde a retração será maior, em virtude dos protestos que tomaram conta do país e fizeram o comércio parar por muitos dias seguidos. Tudo isso tem impacto direto na economia.
A desconfiança das agência de risco internacionais quanto à contabilidade pública brasileira, fez o país ter fuga de capitais e o dólar subir mais de 10% em apenas um mês. Maquiagens estão sendo feitas para enganar os analistas, como por exemplo, colocar na contabilidade deste ano lucros de estatais que serão distribuídos somente no ano que vem ou antecipação em mais de 1 ano de royalties. Estão computando o dinheiro sem ele existir, isto é maquiagem contábil, gera quebra de confiabilidade na política econômica brasileira.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que consegue ter inflação alta com crescimento pífio.
sábado, 1 de junho de 2013
PIB dos Estados Unidos X PIB do Brasil - O mistério!
Estou tentando entender o que está acontecendo com a economia brasileira. Há pouco mais de 4 anos atrás a economia norte-americana afundava numa quebradeira nunca antes vista, ocasionada pelo estouro do "boom" imobiliário, ao concederem empréstimos imobiliários à famílias que não tinham salário estável e nem condições de arcar com as prestações. Bastou os juros internos subirem um pouco, a economia estagnar e um pouco de inflação e as prestações ficaram impagáveis. Vários bancos faliram, uma crise internacional se instalou afetando outros países ao redor do mundo.
Acreditava-se que os Estados Unidos levariam UMA DÉCADA para se reerguer, esta por sinal, foi uma das grandes críticas ao primeiro mandato do presidente Barack Obama, pois a economia não conseguia se reerguer e as demissões continuavam em alta.
Passados 4 anos da crise financeira, o PIB dos Estados Unidos cresceu 2,6% no primeiro trimestre de 2013 enquanto o do Brasil foi 4,5 vezes menor, apenas 0,6%, salvos pela agricultura, pois se fosse pela indústria, tinha sido ZERO.
Lembro-me do Ministro Guido Mantega e da presidente Dilma dizerem que apenas" marolas" tinham pego o Brasil na época da crise financeira e que nosso crescimento era sustentável. Parece que não é sustentável, pois diversos gargalos da economia brasileira continuam fazendo o nosso crescimento o voo da galinha. Enquanto a águia americana começa a voar em altas altitudes e pelo visto não vai mais cair.
Se tivéssemos sofrido a mesma quebra que os EUA sofreram, será que em apenas 4 anos já estaríamos nos reerguendo?
Os preços no Brasil continuam muito altos, quem viaja seguido ao exterior sabe que a única coisa que se compra barato dentro do Brasil é carne bovina, o resto é jogar dinheiro fora. Já começa pelos automóveis, onde pagamos US$ 38.000 por um Corolla, enquanto nos EUA o mesmo custa US$ 14 mil. Além d Brasil ser um dos países mais fechados do mundo quanto a produtos estrangeiros, com inúmeras restrições sanitárias e barreiras alfandegárias.
Vamos ver quanto será o crescimento nos próximos trimestres, continuaremos com inflação alta e baixo crescimento, a chamada estag-inflação? Pelo que tudo indica, sim!
Acreditava-se que os Estados Unidos levariam UMA DÉCADA para se reerguer, esta por sinal, foi uma das grandes críticas ao primeiro mandato do presidente Barack Obama, pois a economia não conseguia se reerguer e as demissões continuavam em alta.
Passados 4 anos da crise financeira, o PIB dos Estados Unidos cresceu 2,6% no primeiro trimestre de 2013 enquanto o do Brasil foi 4,5 vezes menor, apenas 0,6%, salvos pela agricultura, pois se fosse pela indústria, tinha sido ZERO.
Lembro-me do Ministro Guido Mantega e da presidente Dilma dizerem que apenas" marolas" tinham pego o Brasil na época da crise financeira e que nosso crescimento era sustentável. Parece que não é sustentável, pois diversos gargalos da economia brasileira continuam fazendo o nosso crescimento o voo da galinha. Enquanto a águia americana começa a voar em altas altitudes e pelo visto não vai mais cair.
Se tivéssemos sofrido a mesma quebra que os EUA sofreram, será que em apenas 4 anos já estaríamos nos reerguendo?
Os preços no Brasil continuam muito altos, quem viaja seguido ao exterior sabe que a única coisa que se compra barato dentro do Brasil é carne bovina, o resto é jogar dinheiro fora. Já começa pelos automóveis, onde pagamos US$ 38.000 por um Corolla, enquanto nos EUA o mesmo custa US$ 14 mil. Além d Brasil ser um dos países mais fechados do mundo quanto a produtos estrangeiros, com inúmeras restrições sanitárias e barreiras alfandegárias.
Vamos ver quanto será o crescimento nos próximos trimestres, continuaremos com inflação alta e baixo crescimento, a chamada estag-inflação? Pelo que tudo indica, sim!
quarta-feira, 29 de maio de 2013
O perigo da estaginflação (estagnação econômica com inflação)
A Economia brasileira vem perdendo o ritmo ano após ano, em função da crise externa e também de problemas internos.
A União Européia só corta gastos, investimentos e salários e afunda o barco cada vez mais. Do outro lado do mundo a China perde força em função também da crise européia. Os Estados Unidos estão remando aos poucos para tentar reerguer a economia novamente, tudo isto, respinga no Brasil, querendo ou não.
Quanto aos problemas internos temos dois fortes fatores:
1- Endividamento do brasileiro.
Nos últimos anos o grande "boom" de consumo não foi só pelo ganhos reais de renda acima da inflação, mas também pelo crédito fácil. Os cartões de crédito passaram a dar limites 3, 4 vezes o valor da renda mensal da pessoa, além de crediários facilitados, empréstimos em tudo quanto é esquina a juros altos, além do maldito crédito consignado, este pelo menos, com juros limitados a 2,5% ao mês.
Temos também o "boom" do mercado imobiliário, que faz os preços dos imóveis subirem 3x a mais que a inflação ano ano, maiores os valores dos imóveis, maior o valor da parcela de financiamento.
2 - Gastos demasiados do governo federal.
Trabalho no setor público e vejo com meus próprios olhos quanto dinheiro desperdiçado. Poderia ser feito um corte tranquilamente de 30% na receita de todos os órgãos públicos e ministérios e o custeio não seria prejudicado, pois existe muita gordura sobrando. Temos também os gastos absurdos com o Bolsa Família, da ordem de R$ 29 bilhões.
Gastos excessivos do governo, sobretudo em custeio, elevam a inflação.
O problema é voltar ao passado com inflação em alta e crescimento em baixa. Não quero ver esse filme novamente!
Se continuarmos neste ritmo de gastos desnecessários, seremos no futuro, a Europa de hoje.
Não estou dizendo que sou a favor da austeridade absurda que estão fazendo por lá, que ao invés de salvar os países, está afundando-os ainda mais. Pois todo corte de gastos tem limite, se é cortado muito mais do que deveria, a economia do país afunda levando junto o setor privado. Estão cortando saúde, educação, aposentadorias e salários, isto é tiro no pé e com calibre .50. Ter no máximo 3% do PIB de dívida, é algo impraticável, vão matar o povo de fome para tentar chegar neste percentual.
Ao invés de gastarem R$ 29 bilhões com bolsa família, poderiam usar isto para asfaltar todas as rodovias de terra que existem neste país, duplicar trechos que precisam ser duplicados, construir novos hospitais, pois atualmente só se fecha hospital e nada se constrói, investir em infra-estrutura! Isto sim gera emprego e renda ao trabalhador e não miséria social.
A União Européia só corta gastos, investimentos e salários e afunda o barco cada vez mais. Do outro lado do mundo a China perde força em função também da crise européia. Os Estados Unidos estão remando aos poucos para tentar reerguer a economia novamente, tudo isto, respinga no Brasil, querendo ou não.
Quanto aos problemas internos temos dois fortes fatores:
1- Endividamento do brasileiro.
Nos últimos anos o grande "boom" de consumo não foi só pelo ganhos reais de renda acima da inflação, mas também pelo crédito fácil. Os cartões de crédito passaram a dar limites 3, 4 vezes o valor da renda mensal da pessoa, além de crediários facilitados, empréstimos em tudo quanto é esquina a juros altos, além do maldito crédito consignado, este pelo menos, com juros limitados a 2,5% ao mês.
Temos também o "boom" do mercado imobiliário, que faz os preços dos imóveis subirem 3x a mais que a inflação ano ano, maiores os valores dos imóveis, maior o valor da parcela de financiamento.
2 - Gastos demasiados do governo federal.
Trabalho no setor público e vejo com meus próprios olhos quanto dinheiro desperdiçado. Poderia ser feito um corte tranquilamente de 30% na receita de todos os órgãos públicos e ministérios e o custeio não seria prejudicado, pois existe muita gordura sobrando. Temos também os gastos absurdos com o Bolsa Família, da ordem de R$ 29 bilhões.
Gastos excessivos do governo, sobretudo em custeio, elevam a inflação.
O problema é voltar ao passado com inflação em alta e crescimento em baixa. Não quero ver esse filme novamente!
Se continuarmos neste ritmo de gastos desnecessários, seremos no futuro, a Europa de hoje.
Não estou dizendo que sou a favor da austeridade absurda que estão fazendo por lá, que ao invés de salvar os países, está afundando-os ainda mais. Pois todo corte de gastos tem limite, se é cortado muito mais do que deveria, a economia do país afunda levando junto o setor privado. Estão cortando saúde, educação, aposentadorias e salários, isto é tiro no pé e com calibre .50. Ter no máximo 3% do PIB de dívida, é algo impraticável, vão matar o povo de fome para tentar chegar neste percentual.
Ao invés de gastarem R$ 29 bilhões com bolsa família, poderiam usar isto para asfaltar todas as rodovias de terra que existem neste país, duplicar trechos que precisam ser duplicados, construir novos hospitais, pois atualmente só se fecha hospital e nada se constrói, investir em infra-estrutura! Isto sim gera emprego e renda ao trabalhador e não miséria social.
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