Neste mês a GM do Brasil encerrou a produção da Zafira, Meriva e Corsa Hatch. Os modelos eram produzidos na planta industrial de São José dos Campos. Infelizmente, não foram só estes modelos de automóveis que deixaram de ser produzidos, a planta industrial também foi desativada por ser antigo demais. Parte dos funcionários foram realocados para outra planta industrial na mesma área, esta produzindo a S10, porém, boa parte dos metalúrgicos ficaram sem trabalho.
Isto pode ocorrer com outras plantas automotivas antigas e acontece com frequência no meio industrial. Cidades pólo se desenvolvem como nunca, multiplicam seu PIB por 3, mas até quando? Se a companhia investir em nova planta de produção, ótimo, se resolver encerrar a produção e migrar para outro pólo? Atualmente não só países competem entre si por novos investimentos, mas também os estados competem. Onde exista mão-de-obra mais barata e ao mesmo tempo uma infra-estrutura mínima para a logística, lá investirão.
O problema com os metalúrgicos da GM da planta de São José dos Campos é, onde irão trabalhar? Se não quiserem migrar para outras cidades e trabalhar em outras montadoras, terão que mudar de profissão. A não ser que o mercado automotivo volte a ficar aquecido e mais turno de trabalho sejam criados para suprir a demanda existe.
sábado, 28 de julho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
PIB brasileiro cresce no 1º. Trimestre menos que da Alemanha, entenda o porquê!
Desde o início do ano o governo Dilma vem baixando
drasticamente as taxas de juros, reduzindo impostos de alguns setores, na
tentativa de estimular a economia. Entretanto, até o momento não se verificou o
resultado esperado, que segundo o governo, deve vir no segundo semestre.
Ocorre que mesmo com o aumento no volume de crédito e juros
mais baixos, o brasileiro não consegue mais pegar financiamento algum para aquisição
de bens de consumo, sobretudo os duráveis, como automóveis. Não há mais folga
no orçamento para novas aquisições. O governo parece que se esqueceu de que,
quem tinha um pouco de folga no orçamento adquiriu carro novo há 1 ou 2 anos
atrás com prazo de financiamento de 60 meses, na maioria, automóveis 100%
financiados. Hoje o preço de seus carros são menores que o saldo devedor do
financiamento, o que inviabiliza qualquer novo negócio.
Porém, segundo o governo Dilma, hoje 70% do país é classe
média, e com a nova forma de cálculo. Família com renda per capita de R$ 300,00
a R$ 1.100,00 é considerado classe média. Então quer dizer que numa família de
3 pessoas, e cuja renda é de míseros R$ 900,00, a família é considerada classe
média! Uma verdadeira piada. A família gastara 90% de seu salário somente com
comida, que tem subido os preços na faixa de 10% ao ano. Ela terá como pagar um
aluguel que hoje não existe por menos de R$ 500,00 na vila mais simples ou R$ 300,00 no barraco
da favela. Ainda terá conta de luz, de água (se não for ligação clandestina,
única maneira de sobreviver), mais os gastos com educação, remédios, roupas
etc. Imagine uma família com 2 pessoas, mãe e filho, de apenas 1 salário mínimo
(R$ 622,00) ser considerada classe média! Chega a ser um deboche. Em 2005, ano
que ingressei no mestrado em economia do
desenvolvimento, classe média era a família com renda mínima de R$ 3.500,00.
Hoje virou 1 salário mínimo. Pois bem, virou classe média apenas na propaganda
governamental, como que essa família pudesse ter um automóvel novo, pudesse se
dar ao luxo de viajar em turismo pelo país e frequentar restaurantes da classe
média.
O automóvel mais barato, que custa R$ 21.900,00, financiado
100%, com taxa de 1,69% ao mês (alguns diriam que tem mais baixa, mas digo que
na verdade para esse prazo longo de 60 meses, é o mínimo que se encontra no
mercado), dará uma prestação mensal de R$ 583,00, sem considerar o IOF sobre o
valor total do financiamento e que será diluído nas parcelas e mais o custo do
boleto bancário mensal. Temos que considerar ainda, o gasto com o seguro, que
mesmo sendo um carro barato, é alvo de ladrões (Mille Fire), e na maioria das
capitais não fica por menos de R$ 1.500,00. O que representa mais um gasto
mensal de R$ 150,00 (em mais de 5 parcelas as seguradoras cobram juros mensais
de 3%, o que dará exatamente R$ 150,00 por mês em 12 parcelas. O gasto com o
automóvel subiu para R$ 733,00, e devemos ainda somar o gasto com gasolina, de no
mínimo 1 tanque por mês, mais R$ 112,00. Total: R$ 845,00.
De fato Presidenta Dilma, uma família com 3 pessoas e renda
de R$ 900,00 ou família com 4 pessoas e renda de R$ 1.200,00 é classe média. O
pobre dos EUA ganha UD$ 600,00 por mês (per capita), ou seja, R$ 1.200,00. Uma
família com 4 pessoas teria renda então de R$ 4.800,00. O que para cá é
considerado rico pelo governo, pagando imposto de renda de 27,5%. Sendo que o norte-americano
paga R$ 21.700,00 por um New Fiesta, e aqui paga-se R$ 48.000,00. Aqui os juros
mensais são de R$ 1,69% ao mês, por lá é de 0,5% ao mês no máximo.
De volta à questão do PIB, para uma economia crescer, ela
tem que crescer no todo, como agricultura, indústria, comércio e serviços, fora
os gastos governamentais. A agricultura vai de mal a pior, fazendeiros
endividados devido à seca severa que assola sul e nordeste do país, e com menos
intensidade na região centro-oeste. A indústria com queda mensal de produção
devido à baixa demanda o que reflete no comércio em geral, ficando apenas a
parte de serviços com pequeno crescimento.
Outro ponto foi o grande volume de financiamentos
imobiliários, que devidos aos altos valores dos imóveis no país, não se pagam
menos de R$ 800,00 por mês numa prestação por um minúsculo apartamento.
Ademais, a defasagem do salário de boa parte do
funcionalismo federal, onde o auxílio alimentação é de míseros R$ 304,00, cujos
salários não têm reposição desde 2007, e os funcionários estaduais, com
salários ainda mais defasados, afetam também o PIB do país. Pois gastar com
funcionalismo não é dinheiro jogado fora, funcionários públicos consomem
produtos comoo setor privado. Não é dinheiro jogado pelo ralo. Todavia, a
política atual dos governos é o contrário. Acham que investimento é apenas construir
ponte ou prédios novos numa universidade federal, não existindo
recursos-humanos.
Resumindo: quem comprou, comprou, e só comprará novamente
daqui uns anos. O efeito principal não é a crise externa, mas o endividamento
da população interna.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
A Argentina e a expropriação da YPF
Mais uma vez, a presidente Cristina Kischner (e digo presidente, pois presidenta não existe na gramática portuguesa), faz uma loucura ao nacionalizar a YPF, com o velho discurso o Petróleo é nosso.
O primeiro erro de Cristina foi ignorar a globalização da economia, uma "expropiação" como está sendo feito com a YPF representa um risco à qualquer empresário que queira investir na Argentina, afinal, de uma hora pra outra pode o governo expropiar o seu negócio. Além disso, faz diminuir consideravelmente os investimentos externos no país. A pergunta que fica é, qual país da América Latina pode se dar ao luxo de dizer: não precisamos de investimentos externos? Pelo contrário, todos necessitam, até mesmo o Brasil, mesmo com uma economia forte, amplo parque industrial, etc, necessita de investimentos externos.Os recursos são fundamentais para as reservas do país e geração de empregos e renda.
Por que a Argentina não adota o sistema de Royalties do petróleo, como se faz no Canadá? Onde o dinheiro das petrolíferas privadas vai diretamente para a população, fazendo de fato uma distribuição de renda.
A YPF antes era uma estatal, e por ser terrivelmente má administrada e com prejuízos milhonários, acabou sendo privatizada, sendo o principal acionista o governo Espanhol.
Parece que a presidente da Argentina adora fazer loucuras, como a de fraudar o índice de inflação para a população, fazendo-os empobrecer ano após ano.
O que a YPF vinha fazendo era forçar aumento no preço dos combustíveis acompanhando a inflação real do país e não a inflação fraudada. Afinal, qual empresa quer ver sua margem de lucro diminuir mês a mês por causa da inflação alta, mas índices oficiais de 50% menores do que realmente são.
Sem investimentos externos, a Argentina está designada a virar novamente um país sub-desenvolvido e pobre, acabando com a "Europa da América do Sul", como era chamada. Por sinal, já faz tempo que ela não é mais esta europa, desde o ministro da economia, Domingos Cavallo, que literalmente com o orgulho que tinha e um presidente ainda mais inconseqüente, quebrar com o país.
O primeiro erro de Cristina foi ignorar a globalização da economia, uma "expropiação" como está sendo feito com a YPF representa um risco à qualquer empresário que queira investir na Argentina, afinal, de uma hora pra outra pode o governo expropiar o seu negócio. Além disso, faz diminuir consideravelmente os investimentos externos no país. A pergunta que fica é, qual país da América Latina pode se dar ao luxo de dizer: não precisamos de investimentos externos? Pelo contrário, todos necessitam, até mesmo o Brasil, mesmo com uma economia forte, amplo parque industrial, etc, necessita de investimentos externos.Os recursos são fundamentais para as reservas do país e geração de empregos e renda.
Por que a Argentina não adota o sistema de Royalties do petróleo, como se faz no Canadá? Onde o dinheiro das petrolíferas privadas vai diretamente para a população, fazendo de fato uma distribuição de renda.
A YPF antes era uma estatal, e por ser terrivelmente má administrada e com prejuízos milhonários, acabou sendo privatizada, sendo o principal acionista o governo Espanhol.
Parece que a presidente da Argentina adora fazer loucuras, como a de fraudar o índice de inflação para a população, fazendo-os empobrecer ano após ano.
O que a YPF vinha fazendo era forçar aumento no preço dos combustíveis acompanhando a inflação real do país e não a inflação fraudada. Afinal, qual empresa quer ver sua margem de lucro diminuir mês a mês por causa da inflação alta, mas índices oficiais de 50% menores do que realmente são.
Sem investimentos externos, a Argentina está designada a virar novamente um país sub-desenvolvido e pobre, acabando com a "Europa da América do Sul", como era chamada. Por sinal, já faz tempo que ela não é mais esta europa, desde o ministro da economia, Domingos Cavallo, que literalmente com o orgulho que tinha e um presidente ainda mais inconseqüente, quebrar com o país.
terça-feira, 6 de março de 2012
PIB em 2011 cresce apenas 2,7%
O Crescimento do PIB de 2011 foi decepcionante, com um crescimento de apenas 2,7%. Conforme a tabela abaixo, podemos ver que só não foi pior, graças ao setor agropecuário. Se este tivesse sido baixo, teríamos uma economia estagnada.
O que mais puxou negativamente o PIB foram os índices negativos da indústria, o que reflete uma desaceleração no setor e uma desindustrialização, pois estamos cada vez mais perdendo mercado para produtos chineses, onde a concorrência será sempre desleal e onde se pratica o câmbio desvalorizado artificialmente para aumentarem as exportações chinesas.
O mais engraçado é que os demais países, como o Brasil, reclamam desta prática, mas não fazem o mesmo.
A previsão para 2012 é de PIB maior, mas tenho que discordar.
Os gastos do governo diminuiram em 2012 e respondem por cerca de 30% do PIB do país. O segundo fator é que o funcionalismo está sem aumento desde 2010. Para muitos, é um gasto desnecessário, mas esquecem que o funcionalismo come, compra, consome, constrói.. etc. não é dinheiro jogado na lata do lixo, é dinheiro que movimenta a economia.
Outro fator que me sugere 2012 pior que 2011 é o aumento do endividamento das classes C, D e E, que vêm sustentando o consumo no país há bastante tempo.
O crescimento da agropecuária chegou a 8,4%, no 4o. trimestre de 2011 em relação a 2010, o PIB total agropecuário em 2011 em relação a 2010 foi de 3,9%.O que mais puxou negativamente o PIB foram os índices negativos da indústria, o que reflete uma desaceleração no setor e uma desindustrialização, pois estamos cada vez mais perdendo mercado para produtos chineses, onde a concorrência será sempre desleal e onde se pratica o câmbio desvalorizado artificialmente para aumentarem as exportações chinesas.
O mais engraçado é que os demais países, como o Brasil, reclamam desta prática, mas não fazem o mesmo.
A previsão para 2012 é de PIB maior, mas tenho que discordar.
Os gastos do governo diminuiram em 2012 e respondem por cerca de 30% do PIB do país. O segundo fator é que o funcionalismo está sem aumento desde 2010. Para muitos, é um gasto desnecessário, mas esquecem que o funcionalismo come, compra, consome, constrói.. etc. não é dinheiro jogado na lata do lixo, é dinheiro que movimenta a economia.
Outro fator que me sugere 2012 pior que 2011 é o aumento do endividamento das classes C, D e E, que vêm sustentando o consumo no país há bastante tempo.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Lei Geral da Copa prevê meia entrada para quem tem Bolsa Família! Pode??
É inacreditável que a lei geral da copa, que irá ser votada no congresso nacional, prevê meia entrada (nada menos que R$ 50,00) para quem seja beneficiário do Bolsa Família. Isto é inacreditável. Se a família já recebe Bolsa Família, é porque tem baixa renda. Gastar R$ 50,00 com um ingresso para ir assistir a jogos da seleção brasileira? Bom, certamente haverá pessoas insanas que deixarão os filhos sem comida para gastar com ingressos de jogos da copa.
Não me venham com o papo de que o povo precisa de cultura, esporte etc, muitas coisas desejo comprar nesta vida, mas nem tudo tenho condições de comprar. O mesmo se aplica a ingressos da copa da mundo, diga-se: Copa nunca foi para pobre, os valores dos ingressos sempre foram caríssimos. Se no campeonato brasileiro uma cadeira já se paga mais de R$ 50,00, imagina a quanto sairá na copa?
Incentivar as famílias a usar parte do recurso que recebem do Bolsa Família para gastar com ingressos da copa é completamente imoral e indescente. Ademais, a própria lei que concede este benefício é ainda mais ridícula.
No Brasil tenho um ditato.. eu morro e não vejo tudo!
Não me venham com o papo de que o povo precisa de cultura, esporte etc, muitas coisas desejo comprar nesta vida, mas nem tudo tenho condições de comprar. O mesmo se aplica a ingressos da copa da mundo, diga-se: Copa nunca foi para pobre, os valores dos ingressos sempre foram caríssimos. Se no campeonato brasileiro uma cadeira já se paga mais de R$ 50,00, imagina a quanto sairá na copa?
Incentivar as famílias a usar parte do recurso que recebem do Bolsa Família para gastar com ingressos da copa é completamente imoral e indescente. Ademais, a própria lei que concede este benefício é ainda mais ridícula.
No Brasil tenho um ditato.. eu morro e não vejo tudo!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
George Soros diz que a Premier alemã, Ângela Merkel quebrará a Europa
O mega investidor George Soros afirmou recentemente, que a política radical de cortes nos gastos públicos (austeridade) exigido pela Merkel para os países em dificuldade e recessão na Europa só irá aprofundar a crise, levando a uma quebradeira igual ao ocorrido em 1929.
Não tenho como discordar dele. Vejam o que está acontecendo com a Grécia, o país está afundando cada vez mais tudo para continuar usando o EURO.
- Redução de 20% no salário mínimo
- Demissão imediata de 15 mil servidores públicos
- Cortes nos valores das aposentadorias
E por aí vai.
Isto é pior que tiro no pé.
Segundo Soros, o dinheiro que está sendo alocado para pagar os credores, deveria era ser injetado no investimento público, único capaz de manter a economia e fazer voltar o crescimento, através de obras de infra-estrutura, incentivo ao consumo, etc.
Porém, estão fazendo exatamente o contrário, na medida que se reduz salários, cortam aposentadorias, demitem mais e mais pessoas no setor público, onde estas pessoas não terão onde trabalhar no setor privado, já em crise e demitindo, se reduzirá ainda mais o investimento e o consumo, levando o país a bancarrota total. Pois irá diminuir drasticamente o PIB e a arrecadação de impostos, levando novamente ao calote nos credores.
Como fazer a economia crescer injetando bilhões de Euros numa economia, usando estes recursos apenas para pagar os bancos e outros credores? Impossível. O banco é fundamental para uma economia, mas não único necessário. O que é melhor, manter o consumo aquecido e os empregos ou salvar um banco?
Acho que a visão de Merkel é o contrário, afundem o país, recessão severa, tudo para manter o status do Euro num país que não tem mais condições de fazer parte da zona do Euro.
Por isso Inglaterra está pouco dando bola ao que está acontecendo, continua com sua lendária moeda, a Libra Esterlina, forte como nunca!
Não tenho como discordar dele. Vejam o que está acontecendo com a Grécia, o país está afundando cada vez mais tudo para continuar usando o EURO.
- Redução de 20% no salário mínimo
- Demissão imediata de 15 mil servidores públicos
- Cortes nos valores das aposentadorias
E por aí vai.
Isto é pior que tiro no pé.
Segundo Soros, o dinheiro que está sendo alocado para pagar os credores, deveria era ser injetado no investimento público, único capaz de manter a economia e fazer voltar o crescimento, através de obras de infra-estrutura, incentivo ao consumo, etc.
Porém, estão fazendo exatamente o contrário, na medida que se reduz salários, cortam aposentadorias, demitem mais e mais pessoas no setor público, onde estas pessoas não terão onde trabalhar no setor privado, já em crise e demitindo, se reduzirá ainda mais o investimento e o consumo, levando o país a bancarrota total. Pois irá diminuir drasticamente o PIB e a arrecadação de impostos, levando novamente ao calote nos credores.
Como fazer a economia crescer injetando bilhões de Euros numa economia, usando estes recursos apenas para pagar os bancos e outros credores? Impossível. O banco é fundamental para uma economia, mas não único necessário. O que é melhor, manter o consumo aquecido e os empregos ou salvar um banco?
Acho que a visão de Merkel é o contrário, afundem o país, recessão severa, tudo para manter o status do Euro num país que não tem mais condições de fazer parte da zona do Euro.
Por isso Inglaterra está pouco dando bola ao que está acontecendo, continua com sua lendária moeda, a Libra Esterlina, forte como nunca!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A Argentina dá tiro no próprio pé, mais uma vez
A Argentina parece ser dirigida por pessoas sem a menor noção da realidade, dando da presidente como de seus ministros.
O primeiro caso é a proibição em lei de divulgação de índices de inflação de órgãos não oficiais do governo. É como que a FIPE e FGV fossem proibidas de divulgarem seus cálculos inflacionários, sendo permitido apenas o índice oficial do IBGE. Isso é a coisa mais estúpida que já vi; tentar mascarar o verdadeiro índice de inflação do país. A primeira burrice é porque o problema não é combatido como deveria ser, a segunda é porque os salários terão reposição inflacionária apenas pelos índices oficiais 50% menores que os índices reais de inflação.
O governo manipula os índices e divulga que a inflação argentina não chega a 2 dígitos, isto é, não chega a 10% ao ano, ficando da ordem de 8 a 9%. Cálculos não oficiais chegam a mais de 20% ao ano. Em 4 anos, as perdas acumuladas no salários chegarão 50%, isto é, o poder aquisitivo dos salários será 50% menor, se antes o cidadão comprava com seu salário um carrinho cheio no supermercado, passará a comprar apenas meio carrinho.
A segunda burrice argentina é querer controlar totalmente a entrada de produtos importados, sobretudos do Brasil. Dizendo se o produto poderá entrar ou não e o quantitativo que poderá entrar, principalmente nos automóveis. Ora, existem acordos comerciais bilaterais do setor automotivo. Carros oriundos da Ásia pagam 30% a mais de IPI, oriundos da Argentina não pagam nada. Para cada carro que exportamos para a Argentina, importamos um carro de lá.
Quando um país começa a desrespeitar os acordos comerciais, está desrespeitando os países com os quais fez os acordos, passível de sanções por parte da OMC (Organização Mundial do Comércio). Pelo visto é o que a Argentina está querendo, retaliações sérias. O Mercosul na verdade passou a ser uma piada. Por sinal, há tempos já era, mas agora tomou forma mais concreta (piada pronta).
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