As montadoras estão dando férias coletivas para os funcionários, o motivo? Estoques ao máximo. Por que isso está acontecendo? A resposta é simples. Mais de 80% das vendas realizadas nos últimos 2 anos foram por meio de financiamento. Vamos dar como exemplo um veículo de R$ 32 mil financiado 100%. Com 60 prestações de R$ 920,57, taxa de juros de 2% ao mês. Após 12 prestações pagas, o saldo devedor ainda será de R$ 28.236,00. Sendo que no primeiro ano o carro sofre uma depreciação no seu preço da ordem de 15%. O preço dele de mercado será de R$ 27.200,00. Ora, o saldo devedor ainda é maior que o valor de mercado do automóvel., Isso quando as revendas não depreciam ainda mais o veículo na hora da avaliação. A tendência é que quanto mais luxuoso seja o carro maior sera o % de depreciação no primeiro ano de uso. A pessoa que está vendendo este automóvel para adquirir outro carro zero km conseguirá vender o bem? Pode até conseguir, mas irá receber ZERO por eles, isto é, apenas irá passar as prestações para outra pessoa.
Fazendo uma nova suposição, que a pessoa tenha pago 24 parcelas, o saldo devedor dela será de R$ 23.464,00, e o valor de mercado de seu carro será na ordem de R$ 24.500,00. Na hora de vender o bem vai lhe dar um saldo positivo de apenas R$ 1 mil.
Como se pode ver, a pessoa fica totalmente amarrada ao bem que adquiriu. Somente conseguirá algum saldo razoável depois de pagos pelo menos 36 parcelas, onde seu saldo devedor será de R$ 17.400,00, e seu veículo estará custando cerca de R$ 22 mil reais ou um pouco mais.
A quantidade de brasileiros com veículos financiados a longo prazo é muito alta, estas pessoas dificilmente conseguirão se livrar de seus automóveis para adquirir outro carro zero km. Resultado: os pátios das montadoras começam a ficar lotados e vendas em baixa.
Por sinal, o que está mantendo as vendas a um nivel razoável é os frotistas (carros de seguradora, grandes empresas, etc). Pois renovam seus veículos com certa frequência.
A grande dica é, não financiar 100% o automóvel, dar pelo menos 30 a 40% de entrada, assim seu saldo devedor sempre será menor que o valor de mercado do automóvel, facilitando na hora da revenda ou quitação para aquisição de outro veículo zero km.
O difícil mesmo é ter a bendita entrada!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
BC sede às pressões e baixa taxa de juros em 0,5%
Analista de mercado não gostaram do BC ter baixado em 0,5% os juros, pressão que o governo vinha fazendo sobre o Banco Central. Acham que a independência do BC ficou abalada. A questão toda é que a inflação está em alta, com a meta anual ultrapassada e uma baixa na taxa de juros poderá aumentar ainda mais a inflação.
A questão da inflação no Brasil é preocupante, pois além de estar crescendo, o mercado acha que com juros altos (por sinal o maior juro real do mundo), a inflação será controlada. Essa afirmativa não é totalmente verdade, existe outros aspectos nos gastos do governo, no déficit das contas públicas que vem gerando essa inflação. Mesmo com juros altos, o brasileiro vai às compras pois está acostumado a pagar juros altos no crediários, empréstimos pessoais, etc. Se subir um pouco mais, não fará diferença no consumo.
Você ja viu alguém deixar de tomar um empréstimo porque o juro mensal subiu de 3% para 3,5%? Eu nunca vi. Temos a cultura de que precisamos, pagamos e pronto. Ninguém deixa de tomar empréstimo, de se afundar no crediário ou cartão de crédito porque os juros subiram. Por isso, no Brasil, alta de juros só serve para o governo pagar bilhões de Reais a mais financiando a dívida.
De certa forma, a redução dos juros básicos em 0,5% foi acertada, pois quanto maior a taxa de juros, maior a entrada de capital especulativo na economia e consequente Real mais valorizado frente ao dólar.
A questão da inflação no Brasil é preocupante, pois além de estar crescendo, o mercado acha que com juros altos (por sinal o maior juro real do mundo), a inflação será controlada. Essa afirmativa não é totalmente verdade, existe outros aspectos nos gastos do governo, no déficit das contas públicas que vem gerando essa inflação. Mesmo com juros altos, o brasileiro vai às compras pois está acostumado a pagar juros altos no crediários, empréstimos pessoais, etc. Se subir um pouco mais, não fará diferença no consumo.
Você ja viu alguém deixar de tomar um empréstimo porque o juro mensal subiu de 3% para 3,5%? Eu nunca vi. Temos a cultura de que precisamos, pagamos e pronto. Ninguém deixa de tomar empréstimo, de se afundar no crediário ou cartão de crédito porque os juros subiram. Por isso, no Brasil, alta de juros só serve para o governo pagar bilhões de Reais a mais financiando a dívida.
De certa forma, a redução dos juros básicos em 0,5% foi acertada, pois quanto maior a taxa de juros, maior a entrada de capital especulativo na economia e consequente Real mais valorizado frente ao dólar.
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