quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fala do Presidente da Petrobrás repercute mal no governo e desmente aumento!

A fala do Presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, não repercutiu de maneira positiva junto aos demais setores do governo, sobretudo da política econômica e da própria Presidente Dilma. Ele disse que "houve um mal entendido em sua fala" quando falou em limite máximo de refino do petróleo para fazer gasolina e que teria que importar o combustível", que mesmo acontecendo isso não irá reajustar o preço do combustível, se os preços do petróleo se mantiverem.

Na verdade, há tempo o Presidente da Petrobrás quer um reajuste nos preços, fala que estampou no início do ano e que na verdade não mudou. A questão foi que, uma nova alta da gasolina acarretaria um impacto forte na inflação, por isso, o governo prefere ver lucros menores na Petrobrás do que a volta forte da inflação, onde teria que aumentar os juros sobremaneira.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Vem aí novo aumento da gasolina pela Petrobrás - preparem-se!

Presidente da Petrobrás afirmou em entrevista para jornalista da Rede Globo, que a produção de gasolina da Petrobrás está no limite, devido ao aumento da quantidade de automóveis em circulação e a queda da produção de etanol, o que faz com que a gasolina seja o combustível mais vantajoso em relação ao etanol.

Isso resume-se em uma coisa: justificativa para aumento do preço da gasolina, que há muito tempo a Petrobrás vem querendo e o governo não quer ouvir falar, pois o etanol já tem impactado fortemente no preço da gasolina, pois infelizmente o Brasil tem uma mistura podre, adição de álcool anidro de 25%, com a desculpa que a mistura reduz a poluição. Se fosse verdade toda a Europa já usaria tal tipo de mistura, sendo que na Europa o combustível menos poluente é o Diesel (50ppm de enxofre), oposto ao Brasil, cujo Diesel é o mais poluente (1500ppm de enxofre).

Minha previsão é de pelo menos 10% de aumento, isso no curto prazo, juntando com o impacto do etanol na entre-safra, final do ano teremos o litro pelo menos 20% mais caro.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os limites do governo (EUA) se financiar com a própria moeda

O Governo Obama encontra-se num grande dilema, pois a dívida pública está chegando no limite estabelecido pelo congresso americano e Obama deseja que este valor seja aumentado.

Muitos economistas falam que para os EUA é fácil, pois a dívida deles é na própria moeda que emitem, sem nenhum tipo de lastro. Com certeza, disto não discordo. Mas existe um limite para isso. A simples impressão de mais papel moeda e uma enxurada de dólares em todo o mundo trará, além de inflação para os americanos, uma desvalorização ainda maior do dólar frente às moedas do resto do mundo. O mercado mundial já está com excesso de dólares. Hoje até o dólar canadense está de 4 a 6% com valor de face superior ao dólar americano.

Financiar-se com a própria moeda sempre será mais vantajoso que outros países cujas moedas são ancoradas no dólar, mas tudo tem um limite para o mercado.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Por que os agricultores perdem dinheiro quando aumentam a produção? Saiba mais

Seguidamente tenho visto o protesto de muitos agricultores reclamando de preços dos produtos agrícolas, pois o preço não está compensando os custos de produção existentes.

Bom, primeiramente, o preço de qualquer produto é regulado pela conhecida lei da oferta e demanda. Se o produto é muito demandado, e a produção (oferta) se mantém, seu preço subirá. Um exemplo disso é o próprio etanol. Com a imensa quantidade de carros flex no país, a demanda aumentou consideravelemente, mas a produção não acompanhou, resultado, etanol mais caro para o consumidor.

No caso dos produtores de arroz do RS, que dizem ser inviável continuar a produzir arroz tenho os seguintes comentários.
Se o preço em 2010 estava bom, por que aumentar a área plantada e o consequente aumento da produção em 20%? Não é porque o arroz está mais barato que iremos diariamente nos entupir de arroz no almoço e janta de cada dia. O consumo de arroz não sofre alterações de demanda no gosto individual do consumidor. Houve aumento na demanda mundial? Está faltando arroz no mercado? Não. Então os produtores devolvem plantar a mesma área e produzir a mesma quantidade.

Sempre que vejo os agricultores comemorando preço alto de uma commoditie, já ouço que no ano seguinte irão aumentar a produção com o intuito de aumentar os ganhos. Burrice! Mantenham a produção, se a demanda for maior que a oferta, os preços subirão ainda mais e os lucros serão maiores com a mesma produção. Mas se aumentarem a produção em demasia, o preço cairá e os lucros serão menores, isso se existir lucro!

O mercado agrícola é muito instável, alguns produtos dependem de demandas mundiais, outros não. Se a demanda mundial está crescendo, vale a pena expandir a produção, isso, se o preço se manter.

Até hoje não entendi o aumento da área plantada dos arrozeiros no RS. Resultado, produziram demais, além do que o mercado iria assimilar, os preços ficaram pifíos, com preços abaixo do custo de produção. Queriam a todo custo ajuda do governo federal. Sendo que na verdade, eles precisam é analisar melhor o mercado antes de aumentarem a produção pelo simples achômetro que no ano seguinte o preço será mais alto e irão ganhar mais. Mercado agrícola não é assim!

Ao mesmo tempo, todo preço máximo tem um limite, se o preço do arroz ficar exageradamente alto, as pessoas irão trocar o arroz pelo macarrão, irá sobrar mais arroz no mercado e o preço cairá, pois sua demanda é elástica. Já no caso da gasolina, cuja demanda já é inelástica (mas não totalmente inelástica), mesmo com o preço subindo, muitos consumidores não terão como deixar de abastecer seus carros e terão que arcar com o aumento de preços. Afinal, precisam continuar rodando diariamente, talvez diminuam as viagens a turismo, mas o uso para o trabalho ou lomoção para ir ao trabalho, esse não se altera.

Sabemos que os produtores agrícolas são inúmeros, um só aumentando a área de produção não afetará o mercado, mas o que ocorre é que a maioria aumenta em conjunto, aumentando a oferta agregada. Como saber se os demais não irão aumentar e você aumentando ganhará mais pois aumentou sozinho, não há como.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vem aí mais um apagão do Etanol

No final de 2010 e início de 2011 o brasileiro sofreu com o preso alto da gasolina, tudo porque estava faltando etanol no mercado para misturar à gasolina. O Governo como atuante do setor, nada fez, não reduziu em nem 1% a quantidade de etanol misturado à gasolina, que hoje é da ordem de 25%. Em alguns estados o litro do etanol chegou a custar mais que o da gasolina.

O que ouvimos como solução era o aumento da produção de área de cana plantada e consequente aumento da produção de etanol na próxima safra. Entretanto, as notícias não são boas. Conforme reportagem do Globo Rural do domingo, dia 17 de Julho, teremos uma redução em cerca de 11% na produção de cana e consequente redução de 6,5% na produção de etanol.

Ora, se já tivemos uma falta absurda de etanol no mercado e alta no preço da gasolina como o país nunca viu, o que nos espera com uma produção ainda menor, são preços maiores ainda do que os praticados no início do ano. Por sinal, o litro da gasolina não retornou aos patamares em que estava anteriormente. O litro da Gasolina em Porto Alegre, que estava na ordem de R$ 2,65, agora custa R$ 2,80, em plena safra de cana e larga produção de etanol.

Quando entrarmos na entresafra, teremos mais uma vez gasolina acima dos R$ 3,00, e pelas perspectivas do setor, poderá chegar tranquilamente na casa dos R$ 3,20 à R$ 3,40.

Preços de mercado europeu, onde não se produz 1 só litro de petróleo!

domingo, 17 de julho de 2011

Quer financiar uma casa? Conheça os métodos de financiamentos.

Nos últimos anos no Brasil, o financiamento imobiliário tomou proporções bilionárias. Tanto por parte do de bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, mas também por bancos privados como Santander, Bradesco, Itaú, etc. Banco com menor taxa de juros ainda é a CEF, mas ao mesmo tempo é o mais burocrático para a obtenção de financiamento. Nos Bancos privados o processo é mais rápido, mas as taxas de juros são de mercado, na ordem de 1 a 1,4% ao mês. Enquanto na CEF pode-se obter financiamento com taxa de juros da poupança, cerca de 0,5% ao mês, tudo, entretanto, depende da renda familiar. Quanto maior a renda, maior a taxa de juros.

Existem dois métodos de cálculo de prestações. O mais usual para financiamento imobiliário é o método SAC (Sistema de Amortização Constante), onde o capital amortizado mensalmente é o mesmo, variando-se apenas os juros. O segundo método é pela tabela Price ou Sistema de Prestação constante, onde o valor da prestação é fixo do primeiro ao último pagamento, muito utilizado no comércio em geral e financiamento de automóveis.

Para o financiamento imobiliário, o melhor de todos é o SAC, o mais fácil de calcular. Supondo um financiamento da ordem de R$ 100 mil, com juros de mercado de 1% ao mês, com prazo de pagamento de 25 anos ou 300 meses, a forma de calcular é a seguinte. Divida o valor total do financiamento pelo número de parcelas a serem pagas. Neste exemplo, 100.000/300, o que é igual a R$ 333,33. Então, o valor do capital a ser amortizado mensalmente é de R$ 333,33 da primeira à última parcela. E quanto será de juros? Sendo o valor financiado de R$ 100 mil e a taxa de juros de 1% ao mês, o valor inicial de juros será 1% de R$ 100 mil, o que dá R$ 1 mil. Logo, a prestação inicial a ser paga será de R$ 1.333,33. E a última parcela será de R$ 333,33. Por isso, mesmo pequenas variações na taxa de juros podem significar muito ao longo do financiamento. Supondo que os bancos privados estejam cobrando agora 1,2% ao mês, acréscimo de apenas 0,2% ao mês, representará R$ 200,00 a mais de juros na prestação. Subindo a prestação para R$ 1.533,33. Por isso, num financiamento de longo prazo, atente-se para pequenas variações, elas são muito significativas tanto para maior como para menor.

O segundo tipo de prestação o Price (Prestação fixa), a fórmula é bem complexa, por isso não irei explicar, apenas mostrar o valor da prestação já calculado.  Usando o mesmo juro de 1,2%, daria uma prestação fixa mensal de R$ 1.234,00. Caso o juro fosse de 1%, a mesma cairia para R$ 1.053,22. Aparentemente, o Price é mais vantajoso, mas na verdade não é. Enquanto na Price nos primeiros 12 meses a amortização do capital é de apenas R$ 676,00, para o cálculo com 1% de juros ao mês e o total de juros pagos é de R$ 11.960,00, no sistema SAC, o total de amortização no período será de R$ 4 mil e de juros R$ R$ 11.780,00. Na décima segunda prestação o valor dela já seria de R$ 1296, 67, o que nos dá R$ 3,05 a menos a cada mês. O método SAC pode ser mais oneroso no início (cerca de R$ 280,00 mais caro), mas a dívida do tomador diminui muito mais rápido. O que facilita no caso de venda do imóvel financiado e a quitação no banco. O valor a ser liquidado de uma só vez será muito menor no Sac que no Price.

No longo prazo, o total de juros pagos será menor no SAC que no Price. Por isso, para financiamento imobiliário, fuja do Price, será jogar dinheiro fora.

Esse é um dos motivos que as financeiras não financiam automóveis pelo SAC, a dívida diminui mais rápido e o total de juros pagos será menor, o que para os bancos, não é nada vantajoso.

Vale lembrar apenas, que no Sistema SAC utilizado pelos bancos, tanto públicos como privados, o saldo devedor é reajustado anualmente pela TR, o financiamento é recalculado e o valor de amortização mensal aumenta. Eu mesmo tenho financiamento neste sistema, comecei com R$ 222,22 de amortização mensal e estou em R$ 229,00. Mas nada que venha a tornar oneroso este método de cálculo de financiamento.

Em ambos os sistemas, SAC e Price, a prestação é acrescida de seguro de vida, para no caso de falecimento do tomador, o empréstimo fique quitado. Por isso, quanto mais jovem você tomar o empréstimo imobiliário, melhor, mais baixo será o seguro. Pois dependendo da idade da pessoa, o seguro pode representar até 1/3 do valor da prestação (acima de 60 anos de idade).

Os bancos também impõem limite para de idade para que o financiamento acabe, cerca de 75 anos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Onde você aplicaria R$ 4 bi ? Pergunte ao BNDES.

O que você faria com R$ 4 bilhões de reais? Este é o valor que o banco estatal de desenvolvimento econômico e social BNDES, queria aplicar na fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil.
Primeiramente sabemos que toda fusão gera desemprego. Onde existe 2 supermercados, um Pão de Açúcar e outro Carrefour de frente ou próximos, um fecharia. Segundo, é dinheiro público parando no setor privado sem a menor geração de emprego e renda!
Li sobre o "estardalhaço" que o TCU fez com referência à obra de duplicação da BR116 (Guaíba-Pelotas), pois estaria superfaturada em R$ 90 milhões. Comecei a analisar os dados técnicos e vi, assim como o DNIT, que não existe nenhum superfaturamento, mas sim, diferenças técnicas, no tipo de equipamento usado para a terraplanagem e base da estrada, na forma de indenizar os proprietários onde a estrada irá passar, etc. Como o uso de uma máquina específica para a base do solo que o TCU diz que não é necessária, mas que na verdade, é obrigatório para estradas no RS, SP e MG, devido ao tipo de solo.  O valor total da obra antes era de R$ 988 milhões. Ora, apenas 1/4 do dinheiro que o BNDES queria dar para a fusão. Nisso o TCU não se mete, não é obra pública! O dinheiro vai para onde bem entender o governo. O trecho da BR116 é de 218km a serem duplicados, os R$ 4 bi daria para duplicar então 4x isso, mais de 800km!
Os R$ 4 bi daria para tirar do vermelho todos os hospitais do país, que recebem valores do SUS inferiores ao custo, estão próximo de fecharem suas portas e nada é feito. Afinal, o governo paga apenas R$ 150,00 por uma cesariana, ficando R$ 50,00 para o médico, R$ 50,00 para o anestesista e R$ 50,00 pro hospital, uma verdadeira piada.

Agora faz sentido porque ninguém se interessou em construir o trem-bala no Brasil. Tudo tem que ser pelo menor valor, com o uso dos piores materiais, com os métodos mais arcaicos possíveis. E se fosse feito de melhor qualidade o TCU daria a obra como superfaturada.

A China recém inaugurou o trem-bala Pequima - Xangai. Distãncia de 1200km, o três faz em 3h e meia. A Obra foi feita em apenas 4 anos. No Brasil leva-se 4 anos para tentar abrir uma porcaria de um edital, e quando finalmente consegue abrir, ninguém quer participar, por ser inviável!
Estamos fadados ao atraso na infra-estrutura, o que já traz e trará ainda mais sérios prejuízos ao desenvolvimento econômico da nação.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Inflação da Argentina mostra sua cara!

Como resido na divisa com a Argentina, seguidamente vou abastecer meu carro e fazer compras nos mercados argentinos. A Gasolina custava há 2 meses atrás R$ 1,80. Ontem, dia 03 de Julho, já paguei nada menos que R$ 2,32. O mesmo tem acontecido em diversos produtos no mercados argentinos. Todos os meses os preços sobem e sobem bastante! A Presidente Cristina Kischner tenta iludir o povo manipulando o IBGE deles, mostrando uma inflação irreal, muito mais baixa que a real. Mas infelizmente, inflação é um processo contínuo de aumento generalizados nos preços que não há como esconder, os preços aumentam toda a semana.
Quando vou abastecer e não há gasolina super, pode saber, quando chegar novo carregamento virá com preço maior.
A Inflação empobrece as classes mais pobres, que não tem como deixar seu dinheiro "aplicado" em fundos de investimento, renda fixa, e muito menos deixar dinheiro na poupança para cobrir um pouco das perdas. O salário sempre sobe em ritmo muito menor que os preços. Isso é mortal para a economia.