Mais uma vez, a presidente Cristina Kischner (e digo presidente, pois presidenta não existe na gramática portuguesa), faz uma loucura ao nacionalizar a YPF, com o velho discurso o Petróleo é nosso.
O primeiro erro de Cristina foi ignorar a globalização da economia, uma "expropiação" como está sendo feito com a YPF representa um risco à qualquer empresário que queira investir na Argentina, afinal, de uma hora pra outra pode o governo expropiar o seu negócio. Além disso, faz diminuir consideravelmente os investimentos externos no país. A pergunta que fica é, qual país da América Latina pode se dar ao luxo de dizer: não precisamos de investimentos externos? Pelo contrário, todos necessitam, até mesmo o Brasil, mesmo com uma economia forte, amplo parque industrial, etc, necessita de investimentos externos.Os recursos são fundamentais para as reservas do país e geração de empregos e renda.
Por que a Argentina não adota o sistema de Royalties do petróleo, como se faz no Canadá? Onde o dinheiro das petrolíferas privadas vai diretamente para a população, fazendo de fato uma distribuição de renda.
A YPF antes era uma estatal, e por ser terrivelmente má administrada e com prejuízos milhonários, acabou sendo privatizada, sendo o principal acionista o governo Espanhol.
Parece que a presidente da Argentina adora fazer loucuras, como a de fraudar o índice de inflação para a população, fazendo-os empobrecer ano após ano.
O que a YPF vinha fazendo era forçar aumento no preço dos combustíveis acompanhando a inflação real do país e não a inflação fraudada. Afinal, qual empresa quer ver sua margem de lucro diminuir mês a mês por causa da inflação alta, mas índices oficiais de 50% menores do que realmente são.
Sem investimentos externos, a Argentina está designada a virar novamente um país sub-desenvolvido e pobre, acabando com a "Europa da América do Sul", como era chamada. Por sinal, já faz tempo que ela não é mais esta europa, desde o ministro da economia, Domingos Cavallo, que literalmente com o orgulho que tinha e um presidente ainda mais inconseqüente, quebrar com o país.