Há vários meses atrás quando começaram a aparecer crises financeiras nos países da Zona do Euro, falei que o Euro iria sucumbir e velhas moedas iram voltar à tona, como a Dracma da Grécia, Lira da Itália, etc.
Vi os presidentes e primiers dos países dizendo que isto seria um absurdo, que o Euro jamais iria acabar e que nenhum país sairá da Zona do Euro, composto atualmente por 17 países.
Pois hoje, saiu uma reportagem no jornal Valor Econômico, dizendo que os líderes europeus ja demonstram pensamento favorável à saída dos países endividados e a volta de suas moedas. O primeiro país cotado a sair do Euro é a Grécia, o mais endividado e afundado economicamente. O medo é que crises nos países mais pobres e endividados recaiam em demasia sobre os países que estão em melhor situação econômica e creditícia, fazendo um verdadeiro dominó sobre o sistema. O Banco Central Europeu não tem mais o que fazer, não há dinheiro suficiente para todos.
Vale lembrar que o maior problema da Zona do Euro é que os presidentes ou premiers perderam o domínio sobre suas políticas monetárias, não podem conceder mais crédito ou menos crédito, dependem de uma política única, a do Bacen Europeu. Os países perderam sua independência monetária e creditícia.
Vamos esperar para ver no médio prazo como se portará a Zona do Euro, mas a tendência é que alguma ruptura aconteça e que o retorno de um país a sua velha moeda possa desencadear um efeito em cascata, levando outros países ao mesmo destino.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Pobres dos Estados Unidos são a classe média brasileira!
Segundo dados do governo norte-americano, os EUA estão com 39 milhões de pessoas consideradas pobres. O governo enquadra como pobre toda família cuja renda anual seja inferior a US$ 24 mil. Tudo isso? O valor equivale a R$ 42 mil. Passando o valor para mensal, temos R$ 3500,00. Ora, a classe média brasileira, tida como classe C tem renda entre R$ 1500 e R$ 4000. Resumindo, comparando com a renda do norte-americano, a grande classe média brasileira na verdade não existe!
Por décadas sempre olhamos a nossa renda com valores em US$, depois passamos a utilizar o Real e ainda alongamos a escala, isto é, como considerar classe média uma família com renda de R$ 1500 e uma família com renda de R$ 4000 mês. Os padrões de consumo são muito diferentes. Por isso grandes bancos falam em C-, C e C+, criaram classes intermediárias. Há poucos anos atrás, quando fiz meu mestrado em Economia do Desenvolvimento, classe média era famílias com rendas superior a R$ 3500,00, hoje adotou-se R$ 1500,00.
Com certeza a mudança foi política, pois o governo poderá dizer: 20 milhões de famílias brasileiras entraram na classe média! Na verdade, nunca estiveram nela, estão do mesmo jeito que sempre, com a mesma renda, o que mudou foi o alongamento da classe, considerando renda bem menor como classe média.
Duvido que uma família com renda de 1500 mensais possa comprar um carro zero km ou quase zero, pagando prestações de R$ 500,00 ou mais por mês, fora o gasto com combustível, manutenção, seguro, etc.
O que podemos resumir é, nossa classe média na verdade minguou, se comparamos com a renda americana, e diga-se bem, eles sabem o que é verdadeiramente ser classe média.
Por décadas sempre olhamos a nossa renda com valores em US$, depois passamos a utilizar o Real e ainda alongamos a escala, isto é, como considerar classe média uma família com renda de R$ 1500 e uma família com renda de R$ 4000 mês. Os padrões de consumo são muito diferentes. Por isso grandes bancos falam em C-, C e C+, criaram classes intermediárias. Há poucos anos atrás, quando fiz meu mestrado em Economia do Desenvolvimento, classe média era famílias com rendas superior a R$ 3500,00, hoje adotou-se R$ 1500,00.
Com certeza a mudança foi política, pois o governo poderá dizer: 20 milhões de famílias brasileiras entraram na classe média! Na verdade, nunca estiveram nela, estão do mesmo jeito que sempre, com a mesma renda, o que mudou foi o alongamento da classe, considerando renda bem menor como classe média.
Duvido que uma família com renda de 1500 mensais possa comprar um carro zero km ou quase zero, pagando prestações de R$ 500,00 ou mais por mês, fora o gasto com combustível, manutenção, seguro, etc.
O que podemos resumir é, nossa classe média na verdade minguou, se comparamos com a renda americana, e diga-se bem, eles sabem o que é verdadeiramente ser classe média.
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